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sexta-feira, 11 de junho de 2010

:: De repente o vazio ::


Recebi um artigo enviado por internauta que apenas assinou Luiz,mas que serve bem para compreender o que aconteceu recentemente com pessoas idosas demitidas numa emissora de Porto Alegre e que é perfeito para profissionais dispensados numa determinada quadra da vida.
Leiam porque é muito interessante.

Conheça os estágios de sofrimento após uma demissão.
Primeiro vem a negação, quando a pessoa simplesmente não acredita que sua situação é definitiva.
Pensa que o chefe vai se arrepender e chamá-lo de volta, que o chefe-do-chefe vai achar um absurdo e ordenar a sua reintegração, etc.
Neste breve período a ficha ainda não caiu e a pessoa, anestesiada pela surpresa, não sentiu o real impacto da situação.
No final deste estágio, a pessoa tende a se isolar, talvez até um pouco envergonhada com sua situação.

Em seguida vem a raiva.
O sentimento de injustiça, as justificativas – geralmente externas – para o que acaba de lhe acontecer.
É nesse momento que muitos ex-funcionários cometem grandes erros, enviando e-mails mal-criados para o departamento de RH, desabafando com qualquer um, falando mal da empresa nas redes sociais, acusando chefes e colegas e, em situações extremas, ameaçando ou agredindo o ex-chefe vilão.
Alguns ficam com raiva de si mesmos e podem até adotar comportamentos auto-destrutivos – bebedeiras, envolvimento com drogas, etc.
Passada a raiva, vem o estágio da barganha, uma tentativa de negociar uma saída desta situação tão desagradável, geralmente com o próprio chefe que o demitiu. Prometo que vou mudar! Será que não dá para eu continuar prestando serviços como consultor até você achar quem vai me substituir? Há também momentos de negociação com Deus, através de promessas: Eu nunca mais vou fazer isso ou aquilo se eu tiver meu emprego de volta, ou se achar um outro emprego agora… Quando nada acontece, vem a depressão.
Aquele sentimento de que nada vai funcionar, uma total falta de esperança.
A tristeza e o desespero atacam quando o indivíduo, que não dormiu nada à noite, levanta pela manhã e vê a casa funcionando normalmente, filhos indo para a escola, a esposa se arrumando para o trabalho…os pedidos inusitados para afazeres domésticos – Afinal, você não está fazendo nada! – ou então a total solidão de uma casa vazia.
As contas continuam chegando e o dinheiro saindo. É o momento mais crítico! Dependendo do temperamento da pessoa e da sua estrutura de suporte – família, amigos, especialistas – pode ser uma fase breve ou longa demais. Quando enfim superada a depressão, o indivíduo começa, aos poucos a aceitar sua situação.
É a fase do recomeço, da volta por cima. Começa a pensar mais claramente sobre o que precisa ser feito, adota uma postura mais prática e realista. É neste estágio que a pessoa se torna mais equilibrada e provavelmente mais propensa a fazer um jobsearch ativo e efetivo. Mas aí, muito tempo pode ter passado e muitas pessoas, não só o demitido, sofreram no caminho.