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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

:: Gauchão é a Geni ::

Não consigo empolgar-me com o Gauchão, acho um campeonato superado e atrasado com público desmotivado e clubes matando cachorro á gritos. Talvez isto deponha contra mim porque sou cronista esportivo aqui e é onde ganho parte do meu pão de cada dia. No entanto, esta é uma disputa que vem perdendo motivação sem que nada seja feito para recupera-la. A decepção começa na chegada ao estádio, onde poucos merecem elogios. São estádios velhos, desconfortáveis, pequenos, mal construidos e que não atraem os torcedores.

Ouço que o São Luiz não tem mais do que 3 mil associados, se tiver. O Brasil de Pelotas, meu time, de uma cidade com mais de 300 mil habitantes, sonha com o dia em que anunciará 5 mil associados. A exceção é o Juventude que passou desta marca, mas conta para isso com sua área de recreação, piscinas e tal. Aliás o JU é exceção em quase tudo, menos em torcida, nos demais é exemplo.

Um campeonato disputado entre clubes em estado de miserabilidade, não pode ser bom e vai mesmo sustentar-se em truculência e na rivalidade Gre Nal.
Estou cansando de pregar no deserto. A FGF não pensa nem planeja o seu produto. Vive alcançando migalhas aos clubes para evitar que fechem. Mesmo assim sempre tem um que para de jogar e fica pior que antes.
Pior que isso é a Geni... joga pedra na Geni, joga bosta na Geni. Cantava Chico Buarque

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

:: Para entender a solidariedade ::

Pelotas e os pelotenses, históricamente sempre foram contra tudo o que significasse Porto Alegre e um pouco deste ranço permanece. Os radicais costumam cobrar dos meios de Imprensa da Capital mais notícias de Pelotas e no futebol os xavantes sempre querem mais no noticiário sobre o seu clube. Mesmo com este comportamento ficam todos ouriçados quando algum cronista esportivo de Porto Alegre, ou apresentador de radio e televisão, notadamente da RBS refere-se elogiosamente sobre Pelotas e sua gente, seus clubes, sua cultura, enfim. Tal é esta cegueira que não percebem a presença de cronistas esportivos cuja origem é Pelotas. Meu caso, do Vinicius Sinott e do Braunner, não chegam a empolgar, porque acham que "temos o brigação em faze-lo", esquecendo que somos pagos por radios que cobrem preferencialmente a dupla GreNal.

Esta tragédia com o Brasil acentuou a injustiça que os radicais pelotenses cometem contra Porto Alegre. A dupla Gre Nal assumiu o apoio com jogadores para o Brasil, Gilmar Veloz e Machado, empresarios poderosos do futebol, tambem apostam no Brasil e vão pagar os salarios destes outros jogadores. A governadora esteve em Pelotas e prometeu apoio, que podem ser 150 mil do Banrisul em patrocínio. Chico Noveletto patrocinio da Multisom e 50 mil da FGF.

Espero que daqui para frente estes radicais parem de acusar Porto Alegre, a Imprensa da Capital, enfim, saibam que a cidade é formada na maioria por gente de todos os lugares, inclusive de Pelotas e reconheçam que aqui está a Onda Xavante, que é o maior movimento de torcedores de clube do Interior na Capital. Uma lição e tanto, porque espero que a torcida do Brasil saiba comportar-se no campeonato e se mostre agradecida aos demais torcedores que com ela sofreram a dor destas perdas. Será momento para mostrar a grandeza do clube cujo time torcem. E mais, a tradição cultural de Pelotas, de gente fina, educada. Por aí.

sábado, 17 de janeiro de 2009

:: AVISA AI QUE ESTAMOS DE VOLTA ::

Cristiano Silva acordou-me ás duas da manhã dizendo que o ônibus da delegação do Brasil havia sofrido um acidente e neste havia morrido o Milar. Não acreditei, acordei e então começamos a checar as informações. Batia e tinha mais gente morta, muitos feridos. Darnlei quebrou o braço, mas ainda assim corria atrás de socorro aos companheiros. Noite, madrugada escura, o ônibus tombado fumegante, gritos de socorro e o Milar pedindo para não morrer. Odair pede socorro ao Darnlei pois, não consegue sair do ônibus capotado. Gente jogada fora na ribanceira. O onibus não venceu a curva, por um pouco mais de velocidade o motorista perdera o controle e tombara capotando tres vezes.

As notícias chegavam e o sono se foi e veio-me a lembrança do Milar carregando meu neto no colo entrando no estádio do Cruzeiro em Porto Alegre. Revi o Régis menino dourado que atento acompanhou minha conversa com os jogadores no hotel, na noite anterior a goleada que sofremos do Grêmio. Lembrei do gentil Alex Martins, do Dessesard´s, tecnico vice-campeão gaúcho, de tantos lembrei e ainda não havia caido a ficha.

As imagens de TV no amanhecer fizeram-me entrar na realidade. Uma tragédia se abatera sobre nós xavantes. Mas, era preciso pensar nos feridos, nos machucados, nas famílias das vítimas, no atendimento, nos que corriam risco de vida e em Bento gonçalves restava-me apreensivo rezar pelos que haviam partido e avisara tantos xavantes que nos deixaram para recebe-los bem e com afeto no Outro Plano.

Graças á Deus não tivemos mais mortes a lamentar, mas algo maior corria riscos:
O Brasil poderia ter que mais uma vez fechar as portas do futebol por não conseguir enfrentar a tragédia. Onde buscar forças paramontar um novo time e jogar o Gauchão, onde buscar recursos para enfrentar o trauma psicológico, onde obter apoio para pagar as contas?

A HISTORIA DE UM VENCEDOR

Em 1911, num 7 de setembro, meninos juntaram-se para montar um time que se chamaria Brasil e seria verde e amarelo, as cores da Pátria.

Primeira crise. Não havia dinheiro para comprar o uniforme, camisetas, calções e meia.
Um lusitano disse que daria o uniforme, mas tinha que ser rubro negro, como o Diamantinos. Seria assim, até que tivessem dinheiro para o fardamento verde e amarelo...

São tuas cores o nosso Sangue a nossa Raça.

E não houve como mudar e por isso somos o único Brasil, de 7 de setembro que não tem nas suas cores o verde e amarelo.

Para onde vamos?

Um dia de um ano destes distantes, disseram aos Negrinhos da Estação que teriam de deixar o estádio junto a Estação Ferroviaria.
E nos vimos sem casa para jogar.
O velho Bento Freitas e seus amigos acharam na região da baixada Pelotense um charco e propuseram que ali seria o novo campo. Como ali ? Outra vez o Destino nos reservava uma peça de mau gosto.

Ali fizemos o Estádio Bento Freitas, a nossa arena da Baixada. Construímos naquele lugar nossa História de glorias e conquistas das quais nos orgulhamos até hoje. Superamos.

O Brasil fechou

Em 1973, Pedro Zabaletta reuniu o Conselho e decretou que "só mesmo um fdp seria capaz de querer continuar com o futebol naquelas condições de penúria do clube"!!!!
Ficaram calados os jovens que não queriam aquilo, mas não eram filhos da puta. Calaram nossos dirigentes históricos. Foi forte e ainda naquele ano nos classificamos para o Gauchão 1974, que não jogaríamos.

No Bento Freitas, um charco, transformado em estádio pelas mãos calejadas dos nossos torcedores caiu a sombra da morte. Os adversários riam de nós.
Em 1972 havíamos conquistado a Copa Governador, espécie de Campeão Gaúcho do Interior. Estavamos classificados, mas fechados.

O Bento Freitas virou tapera, cresceu a grama, venderam a iluminação construida com o sacrificio de tantos, comandados pelo Marechal da Luz, doutor Assis.

Pois, foi uma equipe de meninos com a camiseta do Brasil que não deixou morrer a Paixão e nem a Devoção. Time tocado pelo Geraldo Mendes, pelo Gilmar pai do Q.Suco, por gente simples, pequenos empresarios, funcionários públicos, que sonhavam. Saíram pela Zona Sul a jogar. E o manto sagrado tremulou. Superamos.

Sonhar é Preciso

E os jovens que tinham ficado calados naquela noite escura do Brasil e do licenciamento, acordaram. Vamos voltar. Porque eles haviam impedido que a velha sede da 15 fosse negociada e ela se transformou no símbolo da resistência.

Caiu Zabaletta, que vivia em Porto Alegre, não resistiu a pressão. O casarão da 15 virou alojamento dos jogadores.

Em 1975 voltamos, com um time modesto apoiado pela massa xavante. Estava de volta o Trem Pagador. Superamos.

A vaga é nossa.

Veio a fase "onde a Arena vai mal um time no Nacional." Tinha que ser nossa. O almirante Heleno Nunes, presidente da CBF visitou Pelotas, viu o Bento Freitas, sua maquete(até hoje lá está), mas a nossa casa era modesta para as nossas pretensões.

O adversário também candidatou-se. Como vamos fazer? Campanha do tijolo do cimento os "guris" da OPEP, que tinham juntado-se ao gringo Giovanni Mattea, ao Vanderley Albio da Silva, ao doutor Carapeto (para não esquecer todos os Agentes da Volta ) e a tantos para fazer voltar o time, ajudaram em tudo e fizemos a arquibancada monumental.

Estádio pintado, bonito, vamos para o jogo. Ganhamos a vaga no Seletivo. Superamos.

E foi de tanto sonhar que os sonhos foram virando realidade, rotina de vencedor.

Um dia unimos o Rio Grande no Estádio Olímpico lotado.

O Brasil era e foi o time de todos os gaúchos. Para chegar ali, vencemos o Flamengo em memorável feito. Superamos.


O País nos reconhece

Veio 2008, e a luta para classificar á Série C de 2009. Fizemos mais, lutamos até o último jogo pela B que virá em 2009. Este mesmo ano que nos enfrenta com uma tragédia, com uma dor imensa. Numa madrugada escura caímos no precipício.

Sepultamos nossos mortos, curamos nossos feridos, abraçamos nossa gente dolorida, sentida e chorosa, mas nessa queda no precipício escuro tateamos a procura de onde nos agarrarmos. Estamos caíndo e como um filme toda esta história de superação passa na nossa mente. Vimos rostos conhecidos e desconhecidos, mas são rostos amigos e mãos se estendem para nós. Aqui e ali nessa queda acendem-se fachos de luz e imagens aparecem.

O menino que carrega a camiseta rubronegra, o operário com o seu carrinho de mão cheio de terra preta, os jovens que carregam a faixa onde se lê, "o recreio acabou, papai voltou", ouvimos o grito do Marcola no Café Aquario, vemos o homem que carrega os tijolos, o onibus que vai rumo a Estrela, a cidade iluminada nos recebe na volta da Bahia, o estádio está lotado.

De repente o menino larga a camiseta,o operario deixa o carrinho de mão, o homem deposita o tijolo no chão e uma multidão estende suas mãos para conter a nossa queda no precipicio escuro.

Vozes cantam rubronegroooooo, rubronegrooo, o treme terra faz a marcação, seguem-se os surdos, os repiniques, e os metais ensaiam o brado o heróico retumbante de um Brasil que resurge da Dor e da Morte, que se faz Vida e Esperança na garra e na raça da sua gente. Superamos.

Vamos lá.

O estádio lotado, está silencioso. O tambor marca com suas batidas as batidas do coração da gente rubronegra.

A multidão reverencia seus heróis. Canta e chora a saudade dos que se foram. Explode em festa para aqueles que jamais serão esquecidos.

O árbitro apita, começa o jogo. O time xavante ainda sob efeito da tristeza tem dificuldades em campo, mas a torcida empura e grita, transmite energia. E eis que de toque em toque, o time xavante vai aproximando-se da área, bola alçada, cabeceio no poste e no rebote a defesa do goleiro. Acordamos.

Quando menos se espera sai o lançamento longo, nosso atacante destacado vence a zaga na velocidade e um arrepio corre o estádio. É o Milar no corpo de outro, sua figura esguia agora passeia sobre o Bento Freitas e fala ao companheiro, vai, vai, vai e o goleiro abandona o gol, a bola sobe e vai cair na risca, bate no poste, quica, perde força e nesse instante um vento sopra forte no sentido sul-norte, o vento que vem do Chuy e a bola passa a risca fatal. É gol. é gol do Milar, aquele vento que é o Milar bota prá dentro. Todos tem certeza que foi assim mesmo que se passou.

Avisa aí que estamos de volta.

João JG Garcia
(*) SEI QUE NA PROSA É FÁCIL, MAS, QUEM JÁ SUPEROU TANTA COISA NA SUA HISTÓRIA NÃO DEIXARÁ DE HOMENAGEAR NOSSOS HERÓIS IMPEDINDO QUE O PIOR ACONTEÇA. DE NOVO O DESAFIO ESTÁ POSTO E VAMOS SUPERAR TUDO.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

:: Cadê você, Cadê você ::



Ao ouvir a Balada Número 7, que Moacir Franco homenageou Garrincha, num réquien ao Anjo das Pernas Tortas vem a lembrança de Millar. Porque ele foi para a torcida do Brasil uma espécie de Mané Garrincha.
Notável por seus dribles, pelas faltas bem cobradas, pela velocidade das suas arrancadas, enfim por seus gols, mais de uma centena deles alegrando o povo xavante. Millar foi na verdade o melhor exemplo de um jogador profissional que conseguiu colocar emoção e paixão pelo clube e sua torcida.
Millar morreu no acidente que matou Régis, menino zagueiro e o preparador de goleiros, Giovanni, um professor de educação física brilhante. Millar disse na hora do acidente ao colega Odair que não queria morrer, mas não conseguiu livrar-se das ferragens e morreu deixando um filhinho com menos de 4 anos e toda uma torcida apaixonada, orfã.
É difícil falar e escrever, porque com Millar acabei tendo uma aproximação familiar. Meu neto Lucas, entrou em campo com o time do Brasil no colo dele, aqui em Porto Alegre no estádio do Cruzeiro.
"... sua ilusão entra em campo no estádio vazio, na rede ainda balança seu último gol".
Depois escrevo mais, comento mais... é difícil.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

:: Matione agita o meio futebol ::

Não fosse a novela do Felipe Matione morreríamos de tédio diante de tantas novelas sem audiência, mantidas pelas incertezas de Grêmio e Inter. Matione agitou porque as opiniões dividiram-se. Afinal o Grêmio já botou a mão no dinheiro e gastou. O empresario do jogador disse que a direção sabia que ele ia atrasar. O pior, atrasou mais ainda por causa do disse não disse da direção. Poderia estar na Serra, treinando e adaptando-se ao grupo.

Agora a questão é se ficará até o final da Libertadores e se for titular o Roth vai engolir mais uma insistente dureza daquela cabeça de bronco. No ano passado, ia estourar, ficou na reserva. Acabou sendo vendido para o empresário.


Edinho se. Itália é o seu destino. Lecce é o clube. Sai feliz, por ter levantado taças e levou para casa medalhas de tantos campeonatos. Contestado, mas adorado também, o volante carioca de nascimento vai ganhar uma boa grana e quem sabe o seu espírito guerreiro acaba agradando os italianos, que aliás gostam deste futebol duro, de chegada forte.


Alex pode pegar a próxima barca. O meia colorado recebeu carona do vice Fernando Carvalho e o papo foi sobre venda para a Europa. O Inter terá que vender até o meio do ano, porque se não fizer vai atrasar as contas.


Léo prefere ficar. O zagueiro Léo, mineiro de nascimento perdeu o entusiasmo pelos gregos. Fica por aqui até o final da Libertadores - se aparecer candidato então vai botar uma grana no bolso e se manda para o outro lado do Atlântico.


Rafa falso. O zagueiro Rafael Marques, comprado ao Goiás, pelo Grêmio não está agradando ao Roth. Chamado de Rafa Marques, como o seu colega do Barça, este nosso Rafa parece ser paraguaio, ou seja produto pirata, ou genérico do outro.


A Copa 2014 entusiasma Porto Alegre. Foram anunciados os primeiros recursos para urbanizar a orla do Guaíba, virá mais dinheiro para obras viárias. O trabalho dos nossos politicos quanto a Copa é muito bom, especialmente do vice prefeito Fortunatti que botou a mão na massa.

Porto Alegre, já é a cidade brasileira que mais trabalha pela Copa. Não podemos deixar cair o entusiasmo todo mês devemos apresentar novidades. Obras no Beira Rio, pedra fundamental na Arena Tricolor. Projeto de obras para a orla, projetos para a cidade.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

:: São tantas emoções ::

Desde o nosso último contato tantas emoções tem vivido o meio futebol que nem posso todas contar.
Danrlei no Brasil de Pelotas confirma a tese que o grenalismo invade almas,mentes e corações.
Alex Mineiro, contratação do Grêmio foi a única de lotar aeroporto, as demais são os famosos jogadores de grupo.
O Inter é o mais pedófilo dos times brasileiros, gosta de contratar garotos e vive sonhando com a volta do Sorondo.

Vai começar o Gauchão que tem como novidade realizar os grenais no Interior, o primeiro em Erexim, completando a outra que foi realizar o congresso do campeonato em Montevidéo. Chico Noveletto é " novidadeiro".
Fabio Ferreira, xerife gremista nega que seja complicador e indisciplinado, mas tem história, resta saber se tem futebol.
Aos poucos vou destilando meu veneno noutras postagens.

Ha! Aod Cunha o carequinha mais famoso do Estado se fue para a Inglaterra onde vai ganhar uma nota preta numa empresa britânica.Dizem que dona Yeda terá que administrar, também, a saída de Marisa Abreu, da Educação.

Quase esqueço: Edinho vai para a Itália.Vai bem e na hora, ganhar uma grana e distribuir pancada nos italianos. O Lecce não é de ponta, mas ideal para o Guerreiro mais campeão do Inter.