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quarta-feira, 18 de junho de 2008

:: Basta de políticos hipócritas ...de hipocrisia ::

Hipocrisia na origem grega designava o desempenho teatral, a declamação do ator, que simulava ser outro no palco. O português, porém, tomou a palavra do baixo latim hypocrisis, de sentido mais restrito, e hipocrisia e hipócrita consolidaram-se com o sentido de aparentar o que não é, de ser falso, fingido, mentiroso. É o ato de fingir ter crenças, virtudes e sentimentos que a pessoa na verdade não possui.
Não pretendo retornar a temas políticos aqui no blogue.
O comportamento verificado nesta CPI, por ser tão próxima me enojou e agora nem com Engov vou suportar
Lá em cima diz que é o blogue do comentarista João Garcia, portanto vou dedicar-me ao Futebol, amenidades, coisas mais fáceis de " descer pela goela".
Sinceramente a hipocrisia me cansa e este sentimento observo noutras pessoas.

Fábula grega em dois atos.
Personagens: o Gafanhoto estressado e a Aranha bem-intencionada.
Cena um: O Gafanhoto tenta convencer a Aranha de que um colega de trabalho dos dois, o Camaleão, é um hipócrita de carteirinha.
- Esse Camaleão é um fingido, Aranha. Sempre mudando de cor conforme a ocasião.
- Mas essa não seria só a natureza dele, Gafanhoto? Ele não foi criado desse jeito?
- Nada! Antigamente, ele fazia o mesmo que nós, dava duro para ganhar a vida. Depois, virou esse artista em tempo integral, sempre escondido atrás de disfarces e artimanhas.
- Mas por que ele faria isso?
- Para tirar proveito da situação. Ele fica ali, na moita, com aquela cara inofensiva, mas, na primeira oportunidade, abocanha os descuidados.
- Puxa, é verdade. Eu que passo horas tecendo a minha teia, no maior capricho…
- E eu, que fico pulando de um lado para outro sem parar? É por isso que vivo estressado. Se me distraio, o Camaleão solta a língua e me pega.
- É mesmo. Se você não me abre os oito olhos, eu nunca teria pensado nisso.
- Por que você é singela e bem-intencionada. Sabe como chama o que o Camaleão está fazendo? Competição desleal no local de trabalho!
- Faz sentido. Você é um sábio, Gafanhoto.
- Obrigado, Aranha. Mas o ponto é que não podemos, nunca, confiar no Camaleão.
- Será que não haveria um jeito de neutralizá-lo?
- Bom, para nosso benefício mútuo, eu acho que tenho um plano infalível.
- Tem? – Perguntou o gafanhoto.
- Tenho. Escute.
Cena dois: o Gafanhoto se aproxima para escutar o plano da aranha. E se enrosca na teia. Imediatamente, ela o pica e começa a embrulhá-lo para o almoço.
- O que você está fazendo, Aranha? Nós não somos colegas e parceiros?
- Não leve a mal, meu caro Gafanhoto, mas essa é a lei aqui da selva: boa intenção é uma coisa e prioridade pessoal é outra…

O mundo é dos hipócritas!
O homem injusto faz, do ato de fingir ser uma pessoa melhor do que realmente é, uma prática constante. A injustiça é geralmente definida como “dar a cada um a sua recompensa”. De acordo com Glauco então, hipocrisia é uma espécie de injustiça precisamente porque o hipócrita não recebe a “recompensa” pelos erros que comete.( Glauco

Tomás de Aquino também deixou a sua concepção. Para ele a hipocrisia, ou simulação “consiste em mentir por atos”, como um pessoa que finge ter boas intenções ao agir de determinada maneira, quando na realidade suas intenções são maculadas.

Ainda, o filósofo alemão G. W. F. Hegel<>

O primeiro deles é o conhecimento da lei moral, ou o que chama de “o universal verdadeiro”, quer esse conhecimento tome a forma de um simples senso do dever ou de um conhecimento mais profundo do que a lei moral implica.

Em segundo lugar se têm a vontade dou escolha que se opõe a este universal.

E terceiro, o hipócrita é ciente deste conflito. Ou seja: põe a vontade consciente, é o seu querer definido como mal.

“Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do olho, do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho do teu irmão”. Mat. 7:4-5

No entanto, o termo mais apropriado é aquele empregado pelo Mestre em Mt. 23:24: “Condutores cegos! Que coais um mosquito e engolis um camelo”. Assim, aos hipócritas restou a medonha denominação...


“coadores de mosquito e engolidores de camelos”.

Assim, côa um mosquito o pai de família que proíbe o namoro de sua filha, porém, engole um camelo pelo fato de possuir uma amante fora do lar, levando uma vida de promiscuidade.

Côa um mosquito o empresário que acusa desenfreadamente o ladrão de bicicletas, porém, engole um camelo com a sonegação fiscal da sua empresa.

Côa um mosquito o político que diz trabalhar em prol da sociedade, porém, engole um camelo ao envolver-se nas teias da corrupção.

Côa um mosquito o irmão da igreja que cobra o uso de determinado tipo de roupa como sinal de santidade, porém, engole um camelo ao desprezar os mais necessitados que minguam ao seu lado.

Côa um mosquito aquele que cobra o pagamento do dízimo, porém, engole um camelo por não refrear sua língua, que conduz dezenas de obscenidades e mentiras. É PRÁ PENSAR !!!