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sexta-feira, 28 de março de 2008

:: Não tem Lei para a trampa ::


Todo o jornalista que faz cobertura da área política nesta capital ou em Brasilia e mesmo do Interior sabe que estas relações de corrupção são muito estranhas e conhecidas

Acredito que o componente dinheiro para sustentar campanhas caras leva a compromissos nada éticos entre os que " vão buscar" e os que chegarão ao poder. Mas, não é de todo incomum, que os candidatos de ponta acabem não sabendo dos " compromissos" formados em torno do seu futuro governo.

Contam que o senador Pedro Simon, quando candidato ao governo do Estado negava-se a andar de avião particular. Queria saber de quem era, o interesse do dono do aparelho na campanha dele e preferia fazer as viagens de carro.Mais demoradas, mas seguras éticamente.

Quando se projeta uma campanha eleitoral tem um orçamento, que na medida das pesquisas aumenta ou diminui. Nenhum candidato a prefeito, governador, presidente da república telefona para os financiadores, sempre tem alguém que o faz e depois o dirigente financeiro informa que está tudo certo, tem ou não tem doações suficientes para manter a campanha. Se o barco afunda se vai com ele a grana.Michou. Se a campanha decola, bons pontos nas pesquisas cresce o bolo. Ainda assim o candidato está mais preocupado em montar a estratégia para chegar no eleitorado, elaborar a fala na TV, nos debates. Dinheiro, só quando falta.

Nessa caminhada acumulam-se pessoas que apresentam soluções mágicas, "os bem relacionados" com quem tem dinheiro.

Ora, quem financia campanha com caixa 2 vai querer compromissos mais adiante, nas obras, nos programas, nos projetos do novo governo. É assim.

Todos os reporteres do setor político são capazes de identificar estes " facilitadores", sabem quem é quem. Porque o cara não é candidato, não tem cargo é um "piolho pegado", mas com um telefonema resolve todos os assuntos junto ao " comando". Não é incomum que um deputado não consiga falar com um secretário, o mesmo vale para o vereador, mas o " piolho pegado" consegue. Portanto, se algum colega se mostra surpreso está sendo cínico ou é um babaca.

Este escandalo do Detran não é novo. Nada que cheira a "negociata" em qualquer governo é novo.

Quem arrumava dinheiro para as campanhas do Lula, quem pagou Lula enquanto era apenas candidato, como é que surgiram Delúbio e Pereira, Marcos Valério e quem comandava tudo isso?

Tenho certeza que os coleas bem informados sentem coceira nos dedos e na língua, para falar, para escrever, mas não tem provas. a saída desta angústia tem sido a Policia Federal e o Ministério Público que abrem frestas do jogo, mas nada que não saibamos.

Na Assembléia o maior oráculo é o R...

Sabe antes o que vai acontecer, quem será denunciado e passa tudo. Nem sempre acerta, nem sempre dá o que preve, mas acerta na maioria dos casos.

Acho que é um Homem Marcado, dia mais dia menos vão apaga-lo.

Nenhum repórter de política, destes farejadores pode ir muito longe na " investigação", porque a imprensa brasileira não tem garantias.

Matar um jornalista é barbada no Brasil e não da nada para os matadores e mandantes.

Vitor Vieira, do videversus, corre grande risco de vida e sabe disso.

Fico pensando até onde esta tal ètica existe. Não seremos nós que estamos vivendo num mundo "surreal", querendo que as relações de poder sejam caracterizados pela honestidade?

O Toma lá da Cá está institucionalizado no mundo dos negócios com a política

Perde-se tempo com investigação da Policia Federal, tem que ter junto a Policia Fazendária para comparar ,o Antes e o Depois do poder.

Ninguém faz milagre com dinheiro, a menos que alguns tenha notas macho e femea, ou que plantem no seu terreno notas agricolas que renderam frutos em arvores.

Se isto fosse feito muita máscara iria cair, nem conseguirão esconder. Alguns países fazem isto e vão no círculo familiar e de amizades para encontrar os laranjas das fortunas.

Não precisamos avisar que vai continuar tudo assim: novos goilpes, novas negociatas, novos furos para arrumar dinheiro sujo. Sujo?