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domingo, 6 de fevereiro de 2011

:: Sem idade e tempo para reciclar::



(Premio Press)

Em abril,abro 40 anos de jornalismo iniciados em Pelotas na veterana Radio Cultura,fazendo futebol amador e noticiário policial.Andei por outras radios,por televisão,jornal e algumas colaborações em revistas.Rodei por Pelotas,Brasilia e Porto Alegre.Ganhei pelo menos um prêmio importante no jornalismo,a cobertura da volta da brasileira Flavia Schilling ,que estava presa pela ditadura uruguaia- premiado pelo Sindicato dos Jornalista de SP-Premio Vladimir Herzog.
Por aqui dois premios Press e outros importantes,mas sem grife.
Quero dizer que fui muito feliz nestes anos todos.Porém...

O futebol mudou muito e não me reciclei.Reconheço.Porém...

Estou falando do futebol fora das quatro linhas.Ali,sigo aprendendo,estudando,debatendo e tenho idéias bem atuais,mas o "negócio"futebol não entendo,pelo menos pelo lado moral e ético que vejo o que antes era um esporte.

Não sei se é bom o u ruim,estar tantos anos assim falando,comentando, criticando sobre futebol.Porque as coisas mudam e ficamos parados por não acreditar que aquele esporte de antes transformou-se num ninho de negociantes disfarçados de dirigentes de clube,confederações e federações. Um jogo de interêsses muito parecido com o jogo político e os negócios que beiram... deixa pra lá.

Mas,quero dizer-lhes que não tenho nenhum interêsse em entrar nisso e serei aquele que vai apagar a luz.

Vejo perigosamente a Imprensa Esportiva,através dos donos do jogo entrar nesse corredor escuro,cuja luz no final pode ser uma triste surpresa.

Esta frase ninguém me tira:
Se o torcedor soubesse o que existe por traz do futebol,não torceria.

E como no futebol não é a politica,o cara vota porque é obrigado e o torcedor não.

Porque não denuncio as negociatas? Não é minha função e mesmo que tivesse informações sobre isso onde iria publicar?

A mídia já esta envolvida no negócio futebol e não falo dos cachorros pequenos como eu,estou falando dos grandões.Neste jantar nunca foi e nem serei convidado.
Mas,confio que os homens sérios ehonestos que ãtuam nas direções destas instituições vão denunciar as falcatruas e recuperar o moral do esporte mais amado do Brasil.
Ainda bem.
“Jornalista é tudo igual, em todos os países. Tenho uns cinco jornalistas que são meus amigos, em quem eu posso confiar. Troco mensagens por e-mail e por aí vai. Os outros eu respeito, com cuidado. Entre meus amigos da imprensa estão João Garcia, desde 1982; e o Ruy Carlos Ostermann”;
(Felipão no programa Marilia Gabriela-SBT)