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segunda-feira, 13 de outubro de 2008


Elaborada por Flavio Comim, Sabino da Silva Porto Jr(FOTO) e Izete Pengo Bagolin, a radiografia da pobreza em Porto Alegre teve como base uma pesquisa realizada em junho deste ano. Foram ouvidas cerca de dez mil pessoas e os dados foram levantados pelos próprios moradores das 17 regiões da cidade. A pesquisa revela que 63% dos entrevistados passam por algum tipo de pobreza extrema.
Foram construídos dois indicadores: o Índice de Carências (IC) e o Índice de Pobreza Extrema (IPE). Segundo os organizadores da pesquisa, a pobreza não pode ser encarada somente como privação de renda, mas também como fenômeno multidimensional de privação de capacitações. A partir desse ponto de vista, Restinga, Nordeste e Eixo-Baltazar são as regiões mais pobres da cidade.

Qual pobreza?
A pesquisa faz parte dos trabalhos realizados graças ao convênio de Porto Alegre com a Rede Urb-AL 10, da Comissão Européia, e seus resultados estão disponíveis para consulta no site http://www.observapoa.com.br/.


ONDE ESTÁ A POBREZA ?
A região do OP com a maior incidência de ‘saúde-pobres e ‘renda-pobres’ é a Restinga. A região do OP com a maior incidência de ‘habitação-pobres’ é o Eixo-Baltazar. Por fim, a região do OP com a maior incidência de ‘educação-pobre’ é a Cruzeiro (que não está entre as regiões mais pobres no agregado, mas que isoladamente, de uma perspectiva multidimensional, possui um grau de privação elevado em educação.
Alguns pontos evidenciados pela pesquisa: a educação é a dimensão em que mais se identificou carências entre os entrevistados; o aspecto nutricional provou ser importante para a caracterização da falta de saúde dos entrevistados; o nível geral de carências das mulheres provou ser maior do que o dos homens, dando evidências sobre a feminização da pobreza na cidade; mostrou-se que erros de focalização podem existir se pobreza for medida apenas como insuficiência de renda.
A Rede Urb-AL,
constituída em 1995, é um programa horizontal de cooperação descentralizada da Comissão Européia de intercâmbio entre cidades da União Européia e da América Latina. Tem como objetivo o desenvolvimento de parcerias diretas e duradouras entre os diferentes agentes locais, por meio de encontros, intercâmbios e transferência de conhecimento e experiências.
O intuito é estabelecer intercâmbio permanente entre as cidades das duas regiões em torno de temas de interesse mútuo. Atualmente conta com a participação de 700 cidades envolvidas e visa estimular a participação de organizações representativas da sociedade civil que operem em parcerias com os municípios, tais como organizações não-governamentais, entidades patronais, sindicato de trabalhadores, universidades, etc. Já o objetivo da Rede 10 consiste, num prazo de três anos, buscar a melhoria da qualidade das políticas públicas locais de combate à pobreza urbana nas cidades da América Latina e Europa.
Manhã Bandeirantes
Foi nesta segunda feira(13), presentes ao estúdio da Band AM 640, que os professores Sabino Porto Junior e Izete Bagolin, voltaram ao tema da Pobreza e foi um excelente programa.