O professor Moacir Lima, grande mestre e gênio, tem um livro sobre o dito pelo não dito que é uma aula sobre isso.
O Caso Lair Ferst e sua últimas declarações(???) á Folha de São Paulo tem a cara do dito pelo não dito. Não faltaram nem escorregões da ética aos ler no clibrbs que a " Folha esquentou a matéria".
Não entro no mérito nem no debate, mas poderia concluir uma certa dôr de cotovelo, aquele maldito ciuminho. Também poderia achar que o repórter da Folha exagerou nas tintas, tentou dar um pouco daquilo que ele entendeu no que foi dito pelo Lair.
O Lair passou todo o dia tentando explicar que o disse, não disse, que foi o dito pelo não dito.
Vou deixar aqui um texto que a minha amiga Tania mandou sobre corrupçao:
Nos países da Europa Ocidental é fácil a qualquer funcionário manter intacta a integridade moral. O difícil, na verdade, é ser corrupto. Exige, no mínimo, alguma coragem e imaginação. Num país essencialmente corrupto acontece o inverso: um funcionário incorruptível é olhado com suspeita e revolta por toda a gente; com suspeita porque ninguém acredita na sua incorruptibilidade («alguma coisa aquele tipo deve estar a esconder»); com revolta porque perturba a lucrativa actividade dos outros. Deste modo, ao burocrata incorruptível de um país corrupto não basta a firmeza das convicções morais - ele tem de ter o dobro da coragem de um funcionário venal europeu. E ao contrario deste não ganha nada com isso."( Agualusa)