No dia 4 entendi porque as autoridades da Economia no Brasil tem medo da redução de juros.
Inauguração do Big Zona Sul com filas de consumidores desde a vespera e um tumulto para que todos pudessem entrar e comprar no turbilhão de ofertas Wall Mart. Nunca vi tanta gente fazendo cartão de compras( Hipercard) para adquirir tudo,desde leite,muito leite longa vida, até pneus e televisores gigantescos. Uma loucura.
Já pensou se os juros caem, será um novo Plano Cruzado.
Brasileiro não faz economia, compra tudo a prestação.
Isto sem falar que aquilo foi o maior índice de mulheres gordas por metro quadrado,jamais visto.Mais de uma hora no sol esperando abrir o hipermercado, confusão com os guardas,com os taxis,com os vendedores.Congestionamento de carrinhos e nem tempo os funcionários tinham para repor os estoques. Foi o famoso Espetáculo do Crescimento e parecia ouvir o Presidente Lula dizer: nunca neste pêiiis...
No mesmo dia as Casas Bahia liquidavam tudo e também foi um tumulto na loja do centro de Porto Alegre. Panelas de pressão por R$7,90. Pronto, bastou para a correria.
Vem aí a inauguração do Barra Shopping Sul junto ao Hipódromo do Cristal e vai ser outro tumulto de compras. Vou assistir do camarote.
Mássimo Canevacci,antropólogo da Universidade Sapienza de Roma, afirma que,"o shopping é onde as pessoas vão para se mostrar e encontrar outras pessoas."
Esteve no Brasil falando sobre fetichização de marcas e grifes.
É o autor do livro," Estética da Comunicação Global".
Afirma ainda, que " o consumo perfomático reflete valores de vida e o shopping é a fábrica da contemporaneidade.
Para Canevacci, hoje o produto é um Ser, passa a fazer parte do consumidor perfomáticoe interpreta a multiidentidade da pessoa e se transforma num multivíduo.
O consumo de luxo, segundo Canevacci, mistura códigos fetichizados e é um fenômeno global.
Fala quem sabe!