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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

:: Cadê você, Cadê você ::



Ao ouvir a Balada Número 7, que Moacir Franco homenageou Garrincha, num réquien ao Anjo das Pernas Tortas vem a lembrança de Millar. Porque ele foi para a torcida do Brasil uma espécie de Mané Garrincha.
Notável por seus dribles, pelas faltas bem cobradas, pela velocidade das suas arrancadas, enfim por seus gols, mais de uma centena deles alegrando o povo xavante. Millar foi na verdade o melhor exemplo de um jogador profissional que conseguiu colocar emoção e paixão pelo clube e sua torcida.
Millar morreu no acidente que matou Régis, menino zagueiro e o preparador de goleiros, Giovanni, um professor de educação física brilhante. Millar disse na hora do acidente ao colega Odair que não queria morrer, mas não conseguiu livrar-se das ferragens e morreu deixando um filhinho com menos de 4 anos e toda uma torcida apaixonada, orfã.
É difícil falar e escrever, porque com Millar acabei tendo uma aproximação familiar. Meu neto Lucas, entrou em campo com o time do Brasil no colo dele, aqui em Porto Alegre no estádio do Cruzeiro.
"... sua ilusão entra em campo no estádio vazio, na rede ainda balança seu último gol".
Depois escrevo mais, comento mais... é difícil.