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terça-feira, 22 de janeiro de 2008

:: Tia Matilde de mão na bufunfa::




Em 2007, a ministra Matilde Ribeiro gastou 171.500 reais no cartão de crédito pago pelo governo. Fez até compras no free shop 126.000 reais *aluguel de carros* 35.700 reais *hotéis e resorts*4.500 reais *bares, restaurantes e até padaria*460 reais *free shop*4.800 reais *despesas diversas*171.500 *reais total*


A assistente social Matilde Ribeiro é uma das ministras mais longevas do governo Lula.

Ela comanda a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial desde março de 2003. Apesar de estar há tanto tempo no cargo, o que ela faz em Brasília ainda é um mistério. Recentemente, abriu-se uma chance de preencher essa lacuna. É possível traçar um retrato detalhado das ações e dos hábitos da ministra com base na fatura do seu cartão de crédito corporativo. O uso desse tipo de benefício é concedido aos funcionários que ocupam os cargos mais altos da Esplanada e do Palácio do Planalto. Serve para que eles paguem algumas despesas decorrentes do exercício da função. No fim do mês, a conta é enviada ao Tesouro.

Estaria tudo certo se o cartão fosse usado com critério, mas tem sempre aqueles que exageram. Matilde está entre eles. Fechadas as contas de 2007, descobriu-se que ela torrou 171.500 reais no cartão pago pelos contribuintes.

Foi de longe a ministra mais perdulária da Esplanada.
Em média, foram 14.300 reais por mês, mais do que seu salário, que é de 10.700 reais.
Isso, sim, é que é emenda no orçamento.

Matilde jura que só usou o cartão corporativo para pagar despesas de viagens oficiais. De fato, ela viaja tanto que poderia assumir o Ministério do Turismo. No ano passado, pagou 67 contas em hotéis - média de 5,5 contas pormês. É rara a semana em que ela não se hospeda em algum estabelecimento. Seu favorito é o confortável Pestana, um cinco-estrelas que enfeita a Praia de Copacabana. Ela esteve por lá 22 vezes no ano passado, ao custo total de 10.000 reais.
A ministra também gosta de usar o cartão para pagar contas em bares, choperias, quiosques, restaurantes, rotisseries e até padarias.
No Rio de Janeiro, ela adora o restaurante Nova Capela, conhecido reduto da boemia carioca, e o bar Amarelinho, que se orgulha de servir o chope mais gelado da cidade.
Em São Paulo, Matilde é assídua na padaria Bella Paulista, que fica aberta 24 horas por dia e é freqüentada pelos notívagos paulistanos. Nas refeições, ninguém pode acusá-la de abandonar a bandeira da igualdade racial: ela usou seu cartão dez vezes em restaurantes italianos,nove em árabes e três em japoneses.
A maior parte dos gastos do cartão de crédito corporativo da ministra, no entanto, se refere a aluguel de veículos.
Ela tem um carro oficial em Brasília e, quando viaja, não se arrisca a ficar a pé.
Assim que desembarca em uma cidade, saca o seu cartão oficial e, zás, aluga um automóvel do seu gosto.
Em 2007, ela usou nada menos que 126.000 reais com essa finalidade.
Curiosamente, se decidisse alugar um Vectra, o veículo mais caro oferecido pela sua locadora habitual, a Localiza, gastaria 116.000 reais por ano.
Que tipo de carro será que a ministra aluga?
Matilde utilizou o cartão de crédito do governo até para fazer compras em free shop. Em 29 de outubro,gastou 460 reais em um desses estabelecimentos.
Questionada por VEJA, a ministra disse que, na ocasião, usou o cartão pago com dinheiro público "por engano" e que "o valor já foi ressarcido à União". Ela passou pelo free shop na volta de uma de suas muitas viagens ao exterior.
Em 2007, Matilde visitou Estados Unidos, Cuba, Quênia, Burkina Faso, Congo e África do Sul.
Na semana passada, estava no Senegal. Quem sabe até o fim deste ano ela não descola também um cartão de crédito internacional?
** vão dizer que é marcação em cima dela porque é negra.
(fonte: revista Veja )